Imagina que és o oceano

  PORTUGUÊS – 5º ANO - 2024/2025 Concurso “A Melhor Carta”, cujo tema é: “Imagina que és o oceano. Escreve uma carta a alguém para lhe explicar por que razão deveria cuidar de ti e como deveria fazê-lo.” ______________________________________________________ Carta nº 1 - 5ºB – Beatriz Oliveira Oceano Atlântico,12 de maio de 2026 Boa tarde, Fundação Maresduzir, Escrevo-lhe esta carta para a enviar aos humanos traduzida, já que esta está a ser escrita em Atlantiguês. Que caso não saiba porquê, não é muito comum, eu, Oceano Atlântico, mandar-lhe numa língua criada por mim que só eu, os meus habitantes marinhos e, claro, a vossa Fundação podem traduzir a língua de todos os oceanos do planeta Terra. Bom, voltando ao assunto por que escrevi esta carta aos humanos. Ultimamente, aqui no oceano, as coisas andam complicadas… Os meus braços estão todos cobertos de plásticos, recipientes e muitas outras coisas, e no meu interior os meus pobres animais andam a sofrer, agora até os peixes comem plásticos… Ultimamente, estou cada vez mais sujo e poluído… Isso não é muito normal, pois não?! Tenho saudades de antigamente… Quando era limpo e os meus animais e plantas marinhas estavam todos bem e sem…, bom, sem morrerem como agora muitos estão… Com este meu desabafo, queridos humanos, quero perguntar uma coisa para bem de vós. Porque me poluem tanto? Sabem que isso me causa dor, no meu interior…Por exemplo, quando têm uma coisa chamada «Dor de barriga»? É exatamente isso que sinto, mas pelo que ouvi falar essa coisa depois cura-se em pouco tempo. Mas eu preciso de todos os seres humanos para me curarem. Não me julguem, mas para a quantidade de lixo que vão parar a mim todos os dias... podem ajudar-me a curar-me, a mim, e aos meus seres marinhos? Ficarei muito grato, digo já! Mas se não ajudarem… provavelmente todos no meu interior morrerão e eu adoecerei ainda mais… E vocês não sabem o mal que estão a fazer a vós próprios! Sabem que eu produzo até 50% do oxigénio que respiram?! E se eu adoeço não vou conseguir produzir o oxigénio que produzo diariamente para vocês. E podem pensar até que, se eu adoecer, as árvores podem fazer o meu trabalho, mas não! Parece que ainda não se aperceberam que eu e todos os outros oceanos estamos A MORRER e que NÓS produzimos MAIS DE METADE do oxigénio que VOCÊS respiram… Além de que alguns dos meus animais também são vosso alimento, como o peixe, que é MUITO bom para a vossa saúde; o camarão, o polvo e até as minhas algas, além de que os MEUS animais também tratam da vossa saúde, porque alguns deles são utilizados para fazer medicamentos!! Só digo isso para vosso bem. Se eu adoeço, vocês também adoecem, estão a perceber?! Eu pareço uma folha, que está a ser rasgada aos poucos… Por favor, cuidem de mim e de todos os outros oceanos. Para nos curarmos, reduzam o consumo de copos, pratos, talheres ou garrafas de plástico. Evitem os produtos que tenham embalagens de plástico. Substituam os recipientes de plástico pelos de metal ou vidro. Basicamente, evitem a poluição e, PRINCIPALMENTE, o uso de plástico. Digo já: se virem um plástico na rua, DESFAÇAM-SE DELE IMEDIATAMENTE e FAÇAM A RECICLAGEM! Assim já estariam a ajudar-me (e também ao Planeta Terra, claro!). Só vos, a vocês, o PLÁSTICO é o meu maior inimigo e também um terror para mim e para todos os oceanos. Espero que compreendam! A sério, façam o que vos digo. Muito obrigado por traduzir esta carta, Fundação Maresduzir. Espero não mandar mais cartas deste género, para ter de falar aos humanos para reduzirem a poluição… Com muito prazer e todo o respeito, Oceano Atlântico ______________________________________________________ Carta nº 2 - 5ºA – João Osório Oceano Pacífico, 4 de março de 2025 Olá, José! Então como estás? A tua vida tem corrido bem? Eu não estou lá muito bem. Estou a escrever-te para te alertar para o facto de as atividades humanas estarem a diminuir a minha qualidade de vida. Vou explicar-te a razão por que deverias cuidar de mim. Pela preservação da biodiversidade marinha já que eu sou o habitat de uma grande diversidade de espécies. Sabias que muitas dessas espécies ainda são desconhecidas pela ciência? A minha preservação garante a continuidade da vida e tenho um papel vital na regulação do clima. Eu absorvo grandes quantidades de dióxido de carbono e ajudo a controlar as temperaturas globais. Se eu for poluído ou danificado, isso pode agravar as alterações climáticas. Vês como sou importante? Também sirvo para a alimentação de milhões de pessoas já que a pesca é uma das principais fontes de proteína em todo o mundo. A minha saúde é fundamental para garantir que os meus recursos sejam sustentáveis e possam ser utilizados sem esgotar as populações de peixes e outros meus organismos. Estás a perceber? Também contribuo para a economia global pois muitas indústrias, como o turismo, a pesca e o transporte marítimo, dependem diretamente de mim. A minha degradação pode ter impactos devastadores nessas indústrias e, consequentemente, nas economias de muitos países. Também sirvo para os ciclos de água já que eu sou uma parte essencial do ciclo da água. Eu gero vapor de água que se transforma em nuvens e contribuo para a precipitação. Sem a minha saúde, o ciclo da água global será gravemente afetado. E se não cuidarem de mim, os humanos não vão ser saudáveis porque a poluição marinha afeta diretamente a saúde humana, pois contaminantes como plásticos e substâncias químicas podem entrar na cadeia alimentar marinha, sendo consumidos por seres humanos através do peixe e de outros frutos do mar. É por isso que preciso de ajuda! E, já agora, há várias formas de me preservarem... Reduzir o uso de plásticos, o plástico é um dos meus maiores poluentes. Lembras-te de quando me disseste que foste andar de barco pelo Mar Mediterrâneo e viste muitas e muitas garrafas de plástico? Evitar o uso de plásticos descartáveis e optar por alternativas reutilizáveis, como garrafas de água de vidro e sacos de pano, pode reduzir a quantidade de plástico que me chega. Espero que faças isso. Reciclar corretamente, já que a reciclagem ajuda a reduzir a quantidade de resíduos que acabam em mim. É importante separar os resíduos e garantir que são reciclados de forma adequada. Evitar o desperdício de água. É que o consumo excessivo de água pode afetar o equilíbrio dos meus ecossistemas. Ao utilizar a água de forma consciente, podemos ajudar a preservar os recursos hídricos. Participar em limpezas de praias e oceanos. Se possível, participar em ações de limpeza de praias ou apoiar organizações que promovem essas atividades, é uma ótima forma de cuidar de mim. Estas ações ajudam a remover o lixo e a consciencializar as pessoas sobre a importância da minha preservação. Escolher pescados de maneira sustentável, sem prejudicar as populações de peixes nem os ecossistemas marinhos, é uma forma de ajudar a minha conservação. Reduzir a emissão de gases de efeito estufa, já que as alterações climáticas me afetam diretamente, com o aumento da temperatura e o derretimento das calotas polares. Diminuir as emissões de dióxido de carbono, adotando práticas como o uso de transportes públicos, energias renováveis e hábitos mais ecológicos, pode ajudar a mitigar o impacto nas águas do planeta. Proteger os ecossistemas marinhos. Apoiar ou participar em iniciativas que protejam ecossistemas frágeis, como recifes de corais e pradarias marinhas, é essencial. Estes habitats desempenham um papel crucial na minha biodiversidade e na minha saúde. É urgente promover a educação e sensibilização para a grande importância que eu tenho no mundo. Compartilhar informações, sobre a importância de cuidar de mim, com amigos, familiares e nas redes sociais, pode gerar mais consciência e incentivar outros a tomarem ações para me protegerem. Cada pequena ação conta! E se pessoas se unirem para me proteger, o impacto pode ser imenso! Espero que me ajudes e que faças o que aconselhei. Fico à espera da tua carta. Nem tu nem a humanidade se esqueçam de mim. Um abraço deste teu grande amigo, Oceano ____________________________________________________ Carta nº 3 - 5ºD – Catarina Martins Oceano, 28/2/2025 Olá queridos humanos! Então como estão de saúde? Mal, não!? Imagino... Estou a escrever-vos esta carta porque estou doente e a culpa é vossa! Antes, eu tinha água cristalina e cheia de seres incríveis. Hoje, sou um mar de plásticos e poluição que vocês, seres humanos, lançaram em mim. Eu, que sou fonte de vida de muitas espécies, incluindo a vossa, estou a ficar cada vez mais doente. Peço desesperadamente a vossa ajuda! As causas da poluição são muitas, mas a maior delas é a falta de consciencialização e cuidado. A poluição da água é um dos maiores problemas que enfrento, e é um problema causado diretamente pela vossa ação. Muito do lixo que vocês descartam de maneira irresponsável, sem pensar nas consequências, acaba por vir parar a mim. Plásticos, resíduos de indústrias, óleos, produtos químicos e até esgoto não tratado são lançados na minha imensidão. Todos esses poluentes estão a sufocar-me! Garrafas, sacos e embalagens podem levar centenas de anos a decompor-se e a quantidade, que todos os dias é despejada nas minhas águas, equivale a um gigantesco camião de lixo! Quando os seres humanos não cuidam de mim, todos os ecossistemas que dependem de mim também sofrem as consequências. E olhem que são muitos! Isto afeta diretamente a vida de todos, incluindo a vossa! Toda essa poluição tem origem nos vossos hábitos diários e nas escolhas que fazem, sem saberem o impacto que causam. Por exemplo: vocês, humanos, adoram fazer compras, mas comprar em demasia também me prejudica. Comprar coisas só porque achamos engraçado é errado. Para produzir estas coisas “engraçadas” contribuímos para a poluição vinda das fábricas e quando se desembalam as compras, o plástico ou papel que as embrulhava, mais uma vez, pode vir parar a mim. As consequências da poluição são devastadoras. Animais marinhos estão a morrer após ingerirem plásticos ou ficarem presos em redes e outros resíduos. O coral, que é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos, está a morrer a uma velocidade alarmante devido à poluição e ao aumento da temperatura causadas por esta poluição. A minha água esta a ficar cada vez mais imprópria para sustentar a vida, o que ameaça o futuro de milhares de espécies, incluindo a vossa! Os danos são profundos e acontecem cada vez mais rápido! Além disso, o aumento de substâncias tóxicas está a prejudicar a qualidade da água e, consequentemente, a saúde de todos os seres que dependem dela. O mais alarmante é que, sem a minha ajuda para regular o clima, o planeta enfrenta um futuro ainda mais incerto. Querem que as próximas gerações tenham boas condições de vida? Pois se quiserem, oiçam-me! Eu sei que muitos de vocês não têm a intenção de me prejudicar, mas as vossas ações diárias têm um grande impacto sobre mim. Por isso, peço que comecem a preocuparem-se mais com a maneira como vivem. Reduzir o consumo desnecessário, reutilizar plásticos e outros materiais, reciclá-los corretamente, incentivar o tratamento de esgoto e exigir soluções para a preservação dos recursos hídricos são algumas das atitudes que podem ajudar a aliviar o peso da poluição que estou a carregar. Se cada um de vocês fizer a vossa parte, podemos, juntos, mudar esta realidade! A maior mudança começa em vós, com pequenas atitudes diárias. Eu, o Oceano, sou forte, mas preciso da vossa ajuda para continuar a existir saudável e garantir a vida para todos. O tempo para mudar é agora! Eu conto convosco! Com gratidão, O Oceano Carta nº4 - 5ºD – Davi Pimentel Carta do Mar, …(Data) Queridos seres humanos, O meu pedido, embora urgente, vem de um lugar profundo, de um coração que se vê ferido, mas ainda mantém esperança. Sou o mar, a imensidão que tem o poder de acalmar ou de arrasar, mas que, acima de tudo, é a fonte de vida que sustenta o vosso mundo e o meu. O que me dói mais não são apenas as feridas visíveis, mas a indiferença com que muitos me tratam, a falta de consciência do papel vital que exerço. Sei que há muitos de vós que tentam fazer a diferença, que se esforçam para reduzir o impacto que as vossas ações causam em mim. Mas, cada gesto de carinho, por mais simples que seja, muitas vezes perde-se na vastidão do meu ser, onde as feridas se acumulam, onde o peso do descuido de todos se faz mais visível a cada dia que passa. Todos me exploram, muitos não sabem da dor que sinto, mas quando olham para o horizonte e me observam de longe, não sabem que eu estou a lutar para manter o equilíbrio que sempre ofereci. Sinto-me frágil, mas também sou imensa, e se souberem cuidar de mim, posso restaurar-me. O ciclo da natureza é sábio, e mesmo quando me ferem, eu sou capaz de regenerar-me. Porém, a regeneração tem um limite. Não posso mais suportar as invasões de plásticos, os químicos que escorrem para mim das indústrias e as máquinas que me destroem em nome do progresso. O que será de mim se os vossos filhos crescerem sem conhecer o azul profundo das minhas águas ou o calor suave da minha brisa? O que será de vocês, quando o eco das minhas ondas deixar de se ouvir porque a minha vida terá sido apagada? Não seria isso uma perda insustentável? Pedem-me para ser o fundo de vossos sonhos, o cenário de vossas aventuras e escapadelas, mas nunca me pedem para ser tratado com respeito. A minha beleza está sendo substituída pela poluição que nunca cessa, pela agressão que me transforma num deserto de plástico e sujidade. Lembrem-se: as vossas casas dependem de mim, os vossos alimentos, a vossa água, o vosso clima, tudo vem de mim. Sem a minha existência, sem a minha saúde, o vosso mundo não sobreviverá. Eu sou o equilíbrio, e a cada dia que me ferem, a minha capacidade de manter esse equilíbrio diminui. As tempestades que me assaltam não são apenas o reflexo de um mau tempo. Elas são a minha forma de tentar alertar- vos, de me fazer ouvir. Eu grito através das ondas que batem forte nas rochas e através dos ventos que se tornam cada vez mais ferozes, mas parece que nem sempre me escutam. Quero que compreendam que não sou imortal. Eu sou forte, mas sou vulnerável. Cada onda que quebra na praia é um símbolo de resistência, mas cada praia cheia de lixo é uma ferida profunda no meu corpo. Cada peixe que morre pela ingestão de plásticos, cada recife que morre porque o oxigénio escasseia nas minhas águas, é um grito de dor que reverbera pelos cantos do meu ser. Por isso, não estou a pedir por mim. Estou a pedir por todos aqueles que habitam comigo, por aqueles que vivem em mim. Sou um ecossistema que vos sustenta, que vos serve. Se não me tratardes com o cuidado que mereço, se não tomardes ações concretas para preservar a minha saúde, o mundo inteiro sofrerá. O vosso futuro não será mais uma aventura nas minhas águas, mas uma luta pela sobrevivência. Por isso, peço-vos que cuidem de mim como cuidam dos vossos próprios filhos. Se vocês não se respeitarem, se não se amarem uns aos outros, como esperam que respeitem e amem o mundo em que vivem? Eu não sou um recurso infinito, nem um cenário distante e inofensivo. Eu sou real, e as minhas feridas são profundas, mas ainda posso ser salvo, ainda posso ser restaurado. Ajudem-me a curar-me. Reduzam o consumo de plásticos, substituam- nos por alternativas que não me ferem, que não me sufocam. Protejam as praias, limitem a poluição, promovam uma indústria sustentável. E, acima de tudo, respeitem o equilíbrio da natureza. Não me vejam como algo dado e eterno. Eu sou uma parte vital deste planeta, tal como vocês são. E a nossa conexão é mais profunda do que imaginam. Se me ajudarem, voltarei a ser aquele mar que todos amam, que todos respeitam, que todos desfrutam sem medo de perder. Eu sou vida. Mas preciso de vossa ajuda, preciso que a minha dor seja ouvida, que a vossa consciência se desperte. Ainda sou o mar que ama, que acolhe e que dá. Deem-me a chance de continuar a fazer isso. Um abraço deste vosso amigo, Marum ________________________________________________________ Carta nº 5 - 5ºD – Bruna Ramos Oceano, …..(data) Queridos habitantes da Terra, Eu, o Oceano, venho até vocês para compartilhar minhas reflexões. Sou vasto e profundo, mais antigo do que qualquer civilização, mais amplo do que qualquer horizonte. Eu sempre estive aqui, esperando que a humanidade compreendesse a minha imensidão e o meu poder, mas também a minha fragilidade. Agora, vejo-vos aproximando-se cada vez mais de mim, muitas vezes sem perceber o impacto que causam. No início, fui visto como uma fonte inesgotável de recursos e beleza. Minhas ondas suaves embalaram os navegadores, e minhas marés inspiraram poetas e sonhadores. No entanto, com o passar do tempo, comecei a perceber mudanças. Vocês, seres humanos, começaram a me explorar com voracidade, sem refletir sobre as consequências de vossas ações. Minhas águas, antes cristalinas, agora carregam resíduos, plásticos e poluentes. Meu ecossistema, uma vez vibrante e diversificado, está sendo destruído pouco a pouco. Eu sou mais do que apenas um corpo de água. Sou o lar de uma infinidade de vidas, algumas das quais nem mesmo vocês conhecem. Peixes, corais, baleias, e tantas outras criaturas que dependem de mim para sobreviver, estão sofrendo com o que eu trago nas minhas ondas, o lixo que jogam em mim, o veneno que entram em minhas águas. Vocês ainda não percebem que a minha dor é também a vossa dor, pois toda a vida na Terra está conectada através da água. Mas, mesmo em meio a tudo isso, ainda acredito que possam mudar. Eu os vejo, às vezes, tentando cuidar de mim, tentando purificar minhas águas, tentando preservar o que restou da minha fauna e flora. Vejo algumas iniciativas, ainda pequenas, mas cheias de esperança, tentando reverter o dano que foi causado. Há aqueles que se dedicam a proteger meus corais, a salvar minhas criaturas marinhas, a diminuir o plástico que invade meus mares. Acredito que, com esforço coletivo, ainda podemos curar as feridas que vocês, sem querer, abriram em mim. Acredito também na resiliência. Eu sou capaz de me regenerar, mas para isso preciso da sua ajuda. Preciso que parem de me poluir, que parem de me explorar de maneira insustentável, que compreendam a importância da preservação. Eu, que sou fonte de vida, não posso ser tratado como um depósito de desperdício. Cada gota de água que cai de vossas torneiras, cada pedaço de plástico que é lançado ao mar, cada produto químico que entra nas minhas águas é um reflexo do que vocês fazem com o mundo. Não peço que tudo seja perfeito, mas que seja sustentável. Que vocês olhem para mim não apenas como um recurso, mas como um tesouro. Um tesouro que merece ser preservado para as futuras gerações…, não apenas de seres humanos, mas de todas as criaturas que dependem de mim para viver. O futuro está em tuas mãos. Eu, o Oceano, espero que, com o tempo, vocês me possam ver como uma parte vital de todos nós, e que cuidem de mim com o mesmo carinho e respeito com que cuidam da vossa própria casa. Com esperança e paciência, Oceano _______________________________________________________________ Carta nº 6 - 5ºD – David Nunes (Local), 28 de fevereiro de 2025 Caro amigo, Espero que tu e a tua família se encontrem muito bem. Eu nem tanto! Preciso que me ajudes a sobreviver pois existe muita gente que está a querer matar-me! Atiram muito lixo contra mim (plásticos, por exemplo) e fico com ilhas de lixo muito grandes, que até têm um tamanho maior do que muitos países! As pessoas também poluem muito o ar e provocam o aquecimento global que aquece as minhas boas águas. Também cortam as florestas que esgotam as minhas fontes hídricas e descarregam produtos químicos (petróleo, …). Por outro lado, existem outras pessoas que são mesmo muito cuidadosas comigo e nunca me fizeram nada de mal. Essas pessoas só me ajudam! Tu és uma dessas pessoas. O que eu te peço é que faças várias campanhas para apanhar o lixo das praias, salvar os animais presos em redes, fazer manifestações contra a poluição, não só do oceano, mas também contra a poluição da terra, do ar, enfim do Universo. Todos eles se queixam da poluição que as pessoas fazem. Se o teu trabalho for muito bem-sucedido, cada vez mais, mais e mais pessoas se vão juntar a ti e, em seguida, várias pessoas vão querer fazer as suas próprias campanhas e o mundo ficará com menos poluição. Eu consigo eliminar algum lixo do Planeta Terra, só que o lixo que as pessoas estão a produzir é demasiado! Se tu fizeres essas campanhas, vais salvar o planeta de uma catástrofe que virá daqui a mesmo muitos poucos anos, se as pessoas continuarem a poluir o planeta desta maneira. A tua recompensa será eu estar sempre a ajudar-te, não só a ti mas também a toda a tua família. E não vou ser só eu a ajudar-vos, mas também vão ser mais três. A terra, o ar e o Universo. E já vais estar a ser ajudado, quando começares a fazer a campanha para nos socorrer. Vamos auxiliar-vos quando estiverem a precisar de ajuda. Por exemplo, se algum de vocês estiver a cair, suavizamos a queda. A terra vai transformar-se em areia, algodão ou em relva macia e apenas se sujam. Ou então se forem a um safari e o carro avariar, um assustador leão pode começar a perseguir-vos, mas a terra erguerá uma grande barreira que não deixará o leão passar. Isso, eu também o vou fazer, se vocês estiverem na água… e o ar também o fará. O Universo vai proporcionar uma oportunidade para o visitares pelo menos uma vez na vida. Terás também muita sabedoria e as escolhas que vais fazer na vida revelar-se-ão mais tarde, acertadas. Eu confio em ti e acredito que tu consegues fazer isto. Eu sei que é muito difícil, mas tu és a pessoa em que eu acredito mais em todo o mundo para cooperar connosco, pois já participas em campanhas para nos auxiliares. Agora vais ter de criar uma campanha. Desejo-te boa sorte. Fico a aguardar uma resposta. Cumprimentos à tua família, Oceano ________________________________________________________ Seis cartas escritas em casa, pelos alunos, com apoio pontual da professora de Português, Ana Maria Fevereiro. (envio a 18/03/2025)

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