Projeto 1 (3ºciclo)
Projeto Erasmus+ Ler a Europa
No dia 11 de março, no âmbito da iniciativa promovida pelo grupo responsável pelo Projeto Erasmus +, « 1914-2014 Il y a 100 ans, la Grande Guerre : regards croisés d'élèves en l'Europe» em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR ) e o Centro de Documentação Europeia (CDE) da Universidade do Algarve, que incluiu a apresentação da obra da Jornalista Patrícia Carvalho “Portugueses nos campos de concentração Nazis”, contámos ainda com a presença de Ana Paula Lopes e Catarina Cruz a representar a CCDR), do Prof. Doutor António Covas (FEUAlg), responsável académico, e Maria João Barradas, equipa técnica (Biblioteca da UAlg), do CDE.
Assim, a apresentação e comentário ao livro esteve a cargo do Professor António Covas que, através da sua participação e do comentário que fez à obra “Portugueses nos campos de concentração Nazis”, explicou / contextualizou a situação política e social de Portugal, transmitindo aos alunos factos históricos desde a Primeira Guerra até aos nossos dias, evidenciando acontecimentos sociais e políticos relevantes que tiveram impacto e se repercutem ainda na sociedade portuguesa atual.
Interligando o comentário que fez ao livro de Patrícia Carvalho, com a sua visão a que chamou Ler a Europa, o Professor António Covas fez uma retrospetiva sobre os países fundadores da UE, as razões da sua criação e o momento da adesão de Portugal e Espanha, com referência aos 30 anos da adesão. Respondendo a várias questões/curiosidade colocadas pelos alunos, referiu ainda as razões que levaram à definição da constituição da EU, a sua constituição até aos nossos dias e o envolvimento de Portugal na mesma.
O CDE, que completou agora 20 anos, visa apoiar os estudantes, contribuindo para um conhecimento mais profundo do que é a União Europeia, ao nível das instituições, das políticas, das atividades e dos seus povos. Este centro é uma biblioteca especializada em documentação publicada pelos organismos da União Europeia que tem como missão apoiar a promoção e desenvolvimento de estudos e investigação sobre matérias comunitárias, facultar ao público em geral o acesso à informação sobre a União Europeia e promover junto da comunidade académica e no exterior, iniciativas de divulgação das políticas comunitárias.
Figuras da Primeira Grande Guerra
As turmas B e C do nono ano realizaram, em contexto de sala de aula e na disciplina de Educação Visual, desenhos de representação de figura humana referentes a personalidades portuguesas envolvidas no contexto histórico da Primeira Grande Guerra – até aos nossos dias (articulados com o Projeto ERASMUS+).
Estes trabalhos culminaram numa exposição conjunta realizada na nossa escola e que a seguir se apresentam.
Escritor vem à Escola...
Escritor vem à Escola...
José Sequeira Gonçalves
No passado dia 25 de fevereiro, os alunos do 8º ano assistiram a uma palestra sobre a intervenção de Portugal na 1ª Guerra Mundial, uma iniciativa desenvolvida no âmbito do Projeto Erasmus+.
O historiador algarvio, José Sequeira Gonçalves deslocou-se à nossa escola para falar das suas obras, e em particular do livro A Cruz de Portugal, e da pesquisa que realizou para escrever a obra.
Entre outros aspetos, focou a falta de preparação do Corpo Expedicionário Português, uma vez que só teve três meses de treino e as armas utilizadas nessa altura, que nem correspondiam às que iriam depois utilizar em França. A falta de informação em relação às razões que levaram Portugal a intervir na Primeira Guerra Mundial, a pobreza e a falta de imaginação dos cartazes apelando ao alistamento dos soldados; a pouca adequação do vestuário utilizado pelos nossos soldados nas trincheiras ( como é exemplo as botas não inadequadas ao tempo de chuva) foram outros aspetos revelados.
O escritor explicou ainda a razão pela qual não há muita informação disponível sobre as condições de vida dos nossos soldados nas trincheiras, o que se deve ao facto da sua correspondência ser censurada, razão pela qual pouca chegava ou, muitas vezes, tinham que arranjar estratagemas para que as notícias fossem fidedignas e chegassem aos seus entes queridos, por exemplo afirmando o contrário do que estavam a vivenciar. Uma aula diferente e apreciada pelos alunos que se envolveram no tema e aproveitaram a sua presença para colocar questões.
Patrícia Carvalho na nossa escola
Palestra com Sargento Chefe Chagas
Os alunos do Agrupamento de Escolas de Montenegro estão envolvidos num programa Erasmus+, financiado pela União Europeia, com o seguinte tema “1914-2014. II y a 100 ans, la Grande Guerre: regards croisés des élèves en l´Europe ».
No âmbito do nosso Projeto Erasmus+, foi convidado o Núcleo de Faro da Liga dos Combatentes, para realizar uma palestra, dirigida aos alunos do oitavo ano envolvidos no mesmo.
O presidente dessa associação, Sargento-Chefe Chagas, e o Sargento-Ajudante Murcho, que gentilmente aceitaram o nosso convite, proporcionaram um retrato real de um país à beira do colapso que foi o nosso Portugal há 100 anos atrás.
Eles não se esqueceram dos nossos militares (do Corpo Expedicionário Português), e elucidaram a forma como os nossos soldados foram preparados e “despachados” para a Flandres, Angola e Moçambique. Também tiveram o cuidado de referirem as condições precárias em que estes bravos (sobre)viviam nas trincheiras lamacentas, seu calão e muitas outras curiosidades, partilhando desta forma um saber histórico da nossa comunidade que, normalmente, não é apresentado nos programas de História.
Estes ilustres convidados presentearam os alunos, com grande agrado do público alvo, com a explicação de algumas expressões utilizadas pelos nossos bravos soldados, como por exemplo: a origem da expressão “Ir aos Arames”, do significado de “Bife” ou “Camone”, das “Tréguas do Natal de 1914”, do significado atual da papoila, entre muitas outras.
Os alunos foram muito recetivos a esta revisitação do passado, ou mais exatamente, como disse o Sargento- Chefe Chagas a “este pedaço de história escrita com muito sangue, suor e lágrimas por estes heróis (hoje já muito esquecidos ou ignorados)”. Esta “aula” de história muito singular cativou a atenção e o interesse dos nossos alunos que intervieram oportunamente, colocando muitas questões, demonstrando desta forma o seu envolvimento e interesse pelo assunto em questão. Os discentes e os professores envolvidos nesta atividade agradecem aos nossos ilustres convidados por nos ter disponibilizado algum do seu tempo para nos transmitir os seus conhecimentos sobre este assunto.